História
Sinopse
Anna e o Espelho da Lua, é um curta-metragem de ficção que narra a intrigante jornada de Anna e sua família durante uma viagem à cidade de Pão de Açúcar. Fascinada pela história local, Anna se encanta com a lenda do reflexo da lua no rio São Francisco. Sua curiosidade a leva a investigar o fenômeno, mas sua aventura toma um rumo inesperado quando é sequestrada e, misteriosamente, transportada para o passado através do reflexo lunar no rio.
No passado, Anna enfrenta o desafio de encontrar um caminho de volta para casa enquanto tenta escapar de um perigoso sequestrador. Em sua busca pela liberdade, ela encontra os Urumaris, uma tribo indígena ancestral, e aprende sobre "Jaciobá", que em tupi-guarani significa "Espelho da lua". Com a ajuda dos Urumaris, Anna desvenda segredos antigos e se vê envolvida em uma trama de mistérios e perigos.
Acompanhe Anna em uma emocionante jornada de autoconhecimento, onde passado e presente se entrelaçam, revelando a profundidade dos mitos e lendas que habitam o coração de Alagoas e do Brasil.
Exposição dos motivos
1- História da cidade: O curta-metragem ficcional, traz uma antiga história da cidade, onde os primeiros moradores das terras de Pão de Açúcar eram os índios Urumaris, as terras foram cedidas por doação de D. João VI. Os nativos deram o primeiro nome ao lugar chamando-o de "Jaciobá", o termo usado por eles vem do tupi-guarani que significa "Espelho da lua" por causa do reflexo da lua que brilhava reluzente sobre as águas do rio São Francisco. No roteiro está incluído cenas dos povos ancestrais e diálogos em Tupi-guarani, sua língua nativa, promovendo a disseminação cultural e histórica do município.
2- Arquitetura: O roteiro propõem vários planos gerais da cidade, revelando sua beleza cultural e artística, promovendo a iniciativa ao turismo e comércio.
3- Cangaço: A cultura do cangaço é reconhecida Nacionalmente e predominante nos estados de Sergipe e Alagoas, o roteiro trás a personagem Maria Bonita, em um enredo original, que nos mostra uma possível fuga dela com Lampião e seu bando, da grota dos Angicos para cidade de Pão de Açúcar-Alagoas.
4- Ficção e Juventude: Atualmente é raro encontrar jovens que conheçam a história sobre o lugar onde vivem, existe uma necessidade de transmitir a cultura dos antepassados, por isso a ficção chama a atenção do telespectador jovem, para que acompanhem a trajetória da protagonista que debruça sobre a história local, e torcem para que ela possa vencer os desafios pelo caminho, enquanto aprendem sobre a valorização da cultura e tradições locais.
5- Empoderamento feminino: A protagonista feminina enfrenta alguns desafios e se ver abalada emocionalmente em diversas cenas, o curta mostra também sobre a violência contra mulher quando a personagem é perseguida por um sequestrador, mas consegue escapar e dar a volta por cima, demostrando o potencial da mulher nordestina, quebrando o estereotipado de sexo frágil.
6- Elenco: O elenco é composto por pessoas locais e participantes da cultura de Pão de Açúcar, como escritores, poetas e jovens de comunidades.
Justificativa
O curta-metragem ficcional aborda diversos temas culturais e históricos da cidade de Pão de Açúcar, de forma mais lúdica e convidativa. É fácil perguntar a juventude sobre quem foram os primeiros habitantes da cidade ou o significado da palavra "Jaciobá”, e eles não saberem a resposta ou não afirmarem com convicção os seus argumentos. Saber sobre suas origens e raízes, é essencial para compreender todo processo histórico e cultural do desenvolvimento do município. A cultura indígena está cada vez mais desaparecendo na região centro-oeste do estado de Alagoas. Resgatar os aspectos de uma das principais formadoras da cultura brasileira, advinda de uma miscigenação étnica, é necessária para a educação brasileira e local do município.
O rio São Francisco vem sofrendo com assoreamento, desmatamento, turismo descontrolado, pesca desenfreada, entre outros problemas ambientais causados pela ação humana. O curta-metragem nos traz o personagem "Velho Chico", uma representação metafórica do rio, que se encarrega de guiar a personagem principal durante o decorrer da história, em muitas de suas falas ele evidencia o quanto vem sofrendo por causa dos problemas citados acima. E ao final do curta, é nos mostrado o quanto o personagem "Velho Chico” fica feliz quando a protagonista se dedica a ajudar o meio ambiente.
A luta da personagem Anna, uma garota emocionalmente abalada, que se ver perseguida por um abusador, mas consegue reverter a situação e espantar o perseguidor, faz com que as mulheres telespectadoras se identifiquem com a personagem e se inspirem a denunciarem seus abusares ou aliciadores. Onde no Brasil todos os anos segundo pesquisas mais de 400 milhões de crianças e adolescentes são abusadas, mesmo com diversas políticas voltadas para esse tema, existe uma necessidade de abordar práticas para que as vitimas tenham confiança em denunciar.
Visão da direção
"Anna e o espelho da lua" é um curta de ficção original, de aproximadamente 25 minutos, que se passa na cidade de Pão de Açúcar, Alagoas. A ficção gira em torno de uma garota que ao visitar a cidade de Pão de Açúcar, se envolve em uma misteriosa trama onde encontra uma passagem mágica dentro do rio que liga o presente ao passado. Através desses acontecimentos conhecemos um pouco da história local e dos povos nativos que habitaram essas terras. Contamos com participações especiais de poetas e escritores. Com vários planos detalhes e closes em diversas cenas, que nos mostram ao longo da narrativa vários elementos para compreendermos o contexto da história. Além de planos gerais da cidade, revelando sua arquitetura e beleza natural. Uma produção feita utilizando recursos mínimos e equipamentos amadores.